Certo dia destes, em um blog, li o chamativo título “Como remover manchas”. Acostumada que estou com crônicas e blogs que falar de situações cotidianas, na hora me interessei pelo post e corri para procurar o que buscava: como remover a mancha que um amor deixa na sua vida?
Claro que eu viajei. Na realidade, as dicas se referiam às manchas mesmo, de café, etc, etc. Porém, não pude deixar de tentar fazer uma analogia em como remover a mancha que um amor deixou em mim. No auge da minha viagem, pensei se, assim como para tirar mancha de transpiração, caso deixasse meu coração de molho na água oxigenada, ele respiraria, porque desde que comecei a amar este cara, não respirei mais.
Este amor me colocou em uma montanha russa, por vezes me queria, por vezes me chutava. E eu ia e saia e queria e me entregava. Só que eu sofria e doía e eu chorava, rolava, soluçava.
Aí não paro de me perguntar se ele já percebeu. Se já percebeu o tamanho do meu amor e o valor da mulher que ele jogou no lixo. Se ele pensa em mim quando a barba está ficando um pouco maior (reconhecendo a sabedoria de uma amiga que diz que barba é FODA). Se pensa em mim a cada conquista, quando vê as marcas das quais ele nunca ouviu falar. Quando olha para a gravata uva que eu ajudei a escolher.
Será que dói nele tanto quanto em mim que este aniversário passaremos separados? Cada um no seu canto? Sem que ele me permita ao menos um telefonema para dizer quanta felicidade eu quero desejar. E implícito nas minhas palavras estará que esta felicidade está e sempre esteve ao meu lado.